Um pacote de 31 obras planejadas para incentivar o turismo
nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, aprovado no ano passado, ainda não saiu
do papel por causa da burocracia. As intervenções têm verba federal garantida
há nove meses, mas o recurso ainda não foi liberado porque estados e municípios
têm dificuldade para preencher todos os requisitos pedidos pela Caixa Econômica
Federal.
O resultado é que quase R$ 100 milhões destinados às sedes
do Mundial estão parados na Caixa. A verba é fruto de repasses do Ministério do
Turismo aprovados entre julho e dezembro do ano passado e devem ser sacados até
o fim do ano para que as intervenções não atrasem. O destino dos recursos são
obras de acessibilidade em pontos turísticos, melhoria na sinalização das
cidades e construção de pontos de atendimento ao turista.
O Rio de Janeiro, que, além da Copa, vai ser a sede das
Olimpíadas de 2016, tem direito a um repasse de quase R$ 15 milhões do governo
federal desde 5 de julho do ano passado, mas ainda não conseguiu utilizar o
recurso para implantar um novo sistema de sinalização turística. O plano é
instalar cerca de 500 totens próximo a pontos de muita visitação. Os painéis
mostrariam mapas e indicações do que o pedestre pode encontrar no entorno, como
restaurantes, por exemplo.
A licitação está marcada para 26 de setembro, segundo a
Secretaria Especial de Turismo da Prefeitura. O acordo com o Ministério do
Turismo prevê que a Prefeitura invista cerca de R$ 1,2 milhão na intervenção. A
burocracia para conseguir a verba federal fez com que a cidade desistisse de
outro contrato com o Ministério do Turismo, que previa o repasse de R$ 460 mil
para construir cinco pontos de informações turísticas.
"Com a burocracia, íamos demorar muito para conseguir
fazer os novos postos de informação turística. Tínhamos a verba necessária e
precisávamos desses equipamentos logo, porque o Rio receberia a Copa das
Confederações, a visita do Papa e a Jornada Mundial da Juventude", diz o
secretário municipal de Turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Mello.
"Acabou sendo muito mais rápido fazer sem a verba federal."
Reprodução Cidade News Itaú
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