quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

1ª Calourada em Caraúbas - RN

Professora mantém museu na zona rural de Umarizal - RN!




Preservar objetos antigos, colecionar e relacionar fatos históricos são atividades que fazem parte da rotina de muitas pessoas que gostam de manter vivo o passado. O prazer em ser o proprietário de um objeto raro ou ser possuidor de um documento único vem conquistando cada vez mais simpatizantes.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, algumas regiões vêm se destacando nessa modalidade, como o museu particular localizado dentro da casa da professora aposentada Sônia Onofre Pereira de Melo, 65 anos, na fazenda Lagoa do Serrote, zona rural do município de Umarizal, Médio-Oeste potiguar. O local, de longe, já expõe um belo visual que mistura arte, cultura e história.

A proprietária prefere não se referir a sua casa como um museu particular, mas admite que o prazer em reunir objetos antigos é uma tarefa incansável que pretende desenvolver até o fim dos seus dias. “Sempre gostei de guardar coisas antigas e como tive a oportunidade de adquirir objetos raros que pertenceram a minha família tenho o maior orgulho de preservá-los”, ressalta.

Sônia tem a seu favor uma família de renome no Rio Grande do Norte, o que facilita o seu trabalho de reunir documentos históricos. É filha do juiz Manoel Onofre de Souza (falecido), nome dado a cadeia pública de Mossoró. Outro ponto que incentivou a colecionadora foi a casa onde guarda todas as relíquias, que é onde toda a sua família morou e que ela consegue manter com os mesmos padrões arquitetônicos de quase dois séculos.


CASA MUSEU




Entre os objetos colecionados, muitos até mesmo guardados “a sete chaves”, Sônia mantém coleções raras como: discos (LPs) do grupo inglês Beatles e uma radiola que toca este tipo de disco. “Nunca pensei em jogar os discos de vinil fora ou substituí-los por CDs, então adquiri uma radiola desse modelo para ouvir os discos.

Entre as antiguidades, mantém intacto o primeiro aparelho de TV em preto e branco, o 1º modelo de liquidificador e batedeira planetária da marca Walita, relógio de parede em madeira, câmeras digitais antigas, óculos com armação em ouro (que pertenceram a familiares), livros de escritos no início do século passado. Entre as particularidades, Sônia expõe em uma sala reservada um verdadeiro arquivo em fotos que retratam as cidades do RN no passado. Entre as fotos antigas, uma foto dela feita e emoldurada pelo histórico fotógrafo Manoelito.

A colecionadora estima que possua, segundo o último registro, mais de 500 peças antigas incluindo móveis em madeira fabricados há 200 anos. Sônia admite a possibilidade de transformar a casa em um ponto de visitação pública, porém, adianta que ainda precisa amadurecer melhor essa ideia. “Não tenho problemas em receber visitantes, mas transformar o local em visitação pública é um projeto a ser pensado posteriormente”, frisou.


Com informações da repórter Sayonara Amorim - Gazeta do Oeste
via Umarizal em Fotos/ via Martins em Pauta

CALOURADA GERAL DIA 09 DE MARÇO!

CAVERNA DE FELIPE GUERRA/RN É MAPEADA E ESTÁ ENTRE AS PRINCIPAIS DO PAÍS.



A Caverna de Trapiá, no município de Felipe Guerra, a 375 km de Natal, é a maior gruta do estado e está, agora, entre as principais do Brasil. É o que aponta um mapeamento topográfico feito pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), antigo Ibama.

Segundo o levantamento, a caverna possui 2.302 metros de projeção horizontal e 2.330 metros de desenvolvimento linear. Mas, de acordo com especialistas, sua grandeza vai além do próprio tamanho. A Trapiá é, também, a maior caverna do país em rochas do período Cretáceo (que corresponde entre 144 a 65 milhões de anos atrás).

Atualmente, há 323 cavernas cadastradas no Cecav, a maioria de pequeno e médio portes. A constatação no Rio Grande do Norte, segundo o Centro, abre a possibilidade de novas descobertas para a espeleologia brasileira. Além disso, a Trapiá está localizada em área de pouca ocupação humana e sem atividades produtivas, o que ainda a mantém preservada.


Da Redação do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações do Globo.com

ENCONTRO DE FORRÓ EM TENENTE ANANIAS - RN!

3º Fórum de Turismo do RN!

TURISMO


CAMPUS DE NATAL E NÚCLEO DE TOUROS REALIZAM O I ENCONTUR



Já estão abertas as inscrições para o I Encontro dos Amigos Turismólogos de Natal e Touros, que será promovido pelos cursos de Turismo da Uern nas duas cidades. O evento será no próximo dia 10, das 8h às 17h, no Complexo Cultural de Natal, que a Uern administra na Zona Norte da capital.

A programação vai começar com o lançamento do Programa "Ginga com Tapioca", um mini-documentário produzido e executado pelos alunos do curso de extensão TV Digital. O curso foi ministrado em 2011 para profissionais das áreas do Turismo, Informática e Comunicação.

O Programa "Ginga com Tapioca" apresenta pontos e produtos com potencial turístico da Zona Norte de Natal, dos quais alguns serão apresentados ao turismólogos e estudantes em um citytour, da Redinha à Ponte Velha, com várias paradas, inclusive uma no mercado da praia, para a degustação de tapioca com ginga, prato típico da região. À tarde, os participantes assistirão uma mesa redonda, com o tema "Turismo de Base Comunitária", que terá como palestrantes os professores Antônio Jânio e Augusto Carvalho, e como mediador o professor Sidcley Alegrini.

As inscrições estão sendo feitas nas secretarias dos cursos de Turismo de Natal e Touros, e está sendo cobrada apenas a taxa de R$ 7,00, pelo almoço. "O preço da degustação de ginga com tapioca deverá ser pago por fora e na hora da visita ao mercado", explica a professora Michele Galdino.


Festa em Currais Novos - RN!




Vendo a necessidade de eventos nas sextas em Currais Novos, o site Pulsação juntamente com a Du Rei Promoções trouxeram o Forró da Paquera, evento já conceituado em Caicó. O Forró da Paquera acontecerá na AABB sempre as sextas a partir das 23h, contando com bandas locais e outras que fazem sucesso nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba.

O primeiro evento que acontecerá no próximo dia 02, terá toda estrutura de bar do requintado restaurante Quintal da Villa, disponibilizando de uma vasta variedade de bebidas e petiscos. E, como o Pulsação sempre faz promoções em seus eventos, no Forró da Paquera não será diferente, a festa abrirá as portas até a meia noite para mulheres, totalmente grátis.

As senhas estão sendo vendidas na Ótica Jr. e Online For Men ao preço de R$ 10,00 estudantes e sócios de qualquer clube. Caso o cliente não tenha carteirinha de algum clube, na compra do ingresso receberá uma gratuitamente. Forró da Paquera, encontro de gente bonita aliada a um ótimo serviço de bar e música de qualidade!

SEXTA DIA 02 DE MARÇO NO ESPAÇO NOBRE!

O Parque Eólico Alegria - RN




O Parque Eólico Alegria está sendo construído no município de Guamaré, no estado do Rio Grande do Norte. Com capacidade instalada total de 151,9MW, Alegria será o maior parque eólico do País. O parque ocupará uma área total de cerca de 1.900 hectares, na Praia do Minhoto, a aproximadamente 170Km de Natal.

O empreendimento é uma iniciativa da New Energy Options Geração de Energia, uma empresa brasileira, controlada pelo grupo Multiner, sediado no Rio de Janeiro, focado no desenvolvimento e operação de centrais de geração elétrica.

Parque é composto por duas unidades, Alegria I e Alegria II. A unidade Alegria I é composta por 31 aerogeradores com potência total de 51,15 MW, enquanto que na unidade Alegria II serão instalados 61 aerogeradores com potência total de 100,65 MW. Os 92 aerogeradores do complexo foram fabricados pela empresa dinamarquesa Vestas, líder mundial na fabricação deste tipo de equipamento. A unidade Alegria I encontra-se em operação desde Dezembro de 2010. A energia gerada está sendo escoada pela Linha de transmissão de 69kV, com extensão de 3,5Km entre a subestação Alegria e a subestação Guamaré da COSERN. 

Após a energização da Unidade Alegria II, a energia gerada pelo Parque Eólico Alegria será escoada pela linha de transmissão em 230kV, atualmente em construção, com extensão de 89Km entre a Subestação Alegria e a Subestação Açu II, onde será entregue ao Sistema Interligado Nacional. A instalação de tal empreendimento fará uso de uma fonte limpa e renovável – os ventos, evitando a emissão de 120.000 toneladas de CO2 por ano.




Caracterização Ambiental da Área de Implantação do Parque Eólico Alegria





A região de implantação do empreendimento está situada na Zona Costeira do Rio Grande do Norte e é caracterizada por praias arenosas planas. Tem como característica a grande incidência de raios solares, implicando, assim, a disponibilidade de energia luminosa, temperaturas elevadas com pouca e pequenas variações, com média em torno de 27,2°C. Apresenta-se sem chuvas a maior parte do tempo, configurando o clima da região como muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono. A umidade relativa do ar, anual, é de 70,8%, sendo menor nos meses de junho a novembro, coincidindo com a estação seca de baixa pluviosidade. De acordo com a Rosa dos Ventos, oriunda do Atlas Eólico do Rio Grande do Norte (2003), os ventos nesta região têm velocidade média anual de 7,5m/s, a 75m de altura, e encontram-se na direção predominante Sudeste. 

A paisagem costeira reflete o resultado da evolução ambiental dos eventos pré-holocênicos a holocênicos, formando os mais diversos compartimentos do relevo. A Zona Costeira torna-se frágil devido às intervenções antrópicas e à complexidade ambiental, onde atuam conjuntamente vários fatores, tais como ventos, ondas, correntes, condições meteorológicas, erosão e deposição. A geomorfologia da região possui duas grandes unidades: uma relacionada aos Tabuleiros Costeiros, onde as rochas do Grupo Barreiras sustentam o relevo, apresentando formas de dissecação; a segunda unidade ocorre sob formas de acumulação, contendo preferencialmente os corpos arenosos, formando dunas. 

O solo é caracterizado por sua textura arenosa e excessivamente drenado. Na região, a agricultura é praticamente inexistente, observando-se apenas culturas de subsistência em pequenas áreas. As limitações ao uso agrícola decorrem da falta d’água, da pouca capacidade de retenção e da baixa fertilidade natural, sendo, portanto, indicados para culturas de ciclo longo tais como o sisal, caju e coco. Apresentam condições favoráveis ao uso de implementos agrícolas e seu aproveitamento racional requer adubações parceladas e irrigação no período seco. 

A hidrografia da região é representada pelo Rio Camarupim, que se encontra com o Rio Porto do Capim e deságua no Oceano Atlântico. Como os demais rios da região, sofre influência da dinâmica marinha e das marés, gerando canais de marés que controlam as zonas de supramaré e intermaré. 

Estudos botânicos recentes mostram que as dunas e restingas recebem influência florística da Mata Atlântica e das Caatingas no interior do Estado, a partir do complexo vegetacional litorâneo, São, portanto, caracterizadas por vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactáceas e plantas de pequeno porte e espalhadas. 

Quanto à fauna, o litoral não ostenta a exuberância de outrora, pois muitas espécies desapareceram. No entanto, na área de implantação do Parque, há uma grande diversidade de aves, destacando-se o beija-flor (chorostibon lucidus), o azulão (cynaloxia brissono), o socozinho (butorides striata), dentre outras. A mastofauna está representada por indivíduos geralmente de pequeno e médio porte, como a raposa (ceredocyon thous), sagui (callitrix jacchus) e o tatu-peba (euphractus sexcinctus). Os répteis são mais fáceis de serem encontrados e, como esperado no Bioma Caatinga, foram observadas espécies venenosas como a jararaca e a cobra coral. Nas áreas marcadas pela criação antrópica destaca-se a presença de gado bovino, caprinos, eqüinos, galináceos entre outros animais domésticos. 


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Banda T'3 irá Lançar seu Primeiro CD!



AGUARDEM: Banda T'3, entra em estúdios para lançar seu primeiro Cd!



A banda T'3 teve inicio em fevereiro de 2011 numa viagem da turma do curso de turismo da UERN, Universidade a qual estudavam Diôgo Cruz, Sano Duarte e Macário Félix (ex-baixista). Os três fizeram uma música em uma viagem da turma e a galera toda gostou, com esse passo inicial, decidiram fundar a banda que foi nomeada por T'3. O "T" é referente ao Curso de Turismo e o "3" é dos Três Estudantes que fundaram a banda. Depois de muitos acontecimentos a banda mudou a formação que agora possui quatro componentes, outras músicas surgiram mais a coerência no estilo inicial (reggae e rock) foi mantido. Algumas letras falam de amor, sonhos, poesias e lugares visitados nas viagens realizadas na faculdade e outras apresentam versos de cunho social. Hoje a banda T'3 Já é conhecida no meio universitário e também pela comunidade local. E busca agora ampliar a visibilidade do seu trabalho e com o lançamento desse primeiro e novo CD, com certeza será um grande sucesso e um passo inicial para o fortalecimento e crescimento profissional da Banda!

SUCESSO A TODOS !
 

Integrantes:
Diôgo Cruz (Voz e violão/guitarra)
Fabrício Caymon (Guitarra Solo)
Juan Mendonça (Baixo)
Sano Duarte (Bateria)

Telefone: (84) 8731-5720 / 9907-3856
E-mail: diogocruz19@hotmail.com
Origem: Mossoró - RN (Brasil)
Residência: Mossoró - RN (Brasil)
Estilo: Pop Rock (reggae rock.

3º ENCONTRO DE BLOGUEIROS E ADMINISTRADORES DE SITES DO OESTE POTIGUAR.

ABERTAS INSCRIÇÕES: 



As inscrições para participação do 3º ENCONTRO DE BLOGUEIROS E ADMINISTRADORES DE SITES DO OESTE POTIGUAR, estão abertas à partir de hoje até o dia 08 de março de 2012. Basta enviar nome do blog e logomarca para a confecção os certificados.


AVISOS IMPORTANTES:

Visando a confecção dos certificados inteiramente impressos, sem a necessidade de posteriormente preencher o mesmo, só receberá o documento que comprove a participação, aqueles que confirmarem presença ao evento, até o prazo acima estipulado. Como também, em virtude das refeições serem despesas próprias, da coordenação, só terá direito a tais refeições, os inscritos antecipadamente, até o dia 08 de março do ano em curso.

 Fonte: rnpoliticaemdia2012.blogspot.com/

TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO!

MESMO APÓS VISITA DE DILMA, OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO CONTINUAM PARALISADAS NO SERTÃO!



Mesmo depois da visita da presidente Dilma Rousseff ao Nordeste, algumas obras do Rio São Francisco continuam paradas. É o que acontece no lote 07, dos Cuncas II que fica no município de São José de Piranhas, no Estado da Paraíba.
O Padre Djacir Brasileiro, membro do Comitê Pró-Transposição, lamentou o fato das obras estarem paralisadas. Ele afirmou que depois de muitas mobilizações é muito triste ver as obras de transposição dessa forma. “É um desprezo, espero que o Governo não deixe esta obra morrer, pois ela é muito importante para todos nós sertanejos”, ressaltou.
De acordo com o Ministério da Integração, as obras do lote 7, foram interrompidas porque o contrato com as empreiteiras foi rescindido. Os trechos da obra que faltam ser feitos deverão ser licitados a partir do mês de janeiro do próximo ano.

FONTE: Mais Patos com Diário do Sertão

MEGA FEST - MOSSORÓ, RN!

Viagem de Campo para o Seridó - RN

(Currais Novos, Acarí e Carnáubas dos Dantas – RN).

No dia 13 de Janeiro de 2012 iniciamos nossa aula de campo pelo Roteiro Seridó com o objetivo de fazer um estudo sobre os aspectos culturais relacionado ao patrimônio, a memória e identidade local presentes nas cidades de Currais Novos, Acarí e Carnaúba dos Dantas - RN. Saímos do Epílogo de Campus da UERN por volta das 6h00min, com um total de 14 pessoas, seguindo primeiramente para a cidade de Currais Novos, fazendo nossa primeira parada na cidade de Jucurutu – RN para o lanche, na qual percebermos a variedade gastronômica regional. Fomos acompanhados em Currais Novos pela Guia de Turismo: Raianne, que nos levou primeiramente para conhecer o Museu Mineral, o Memorial Tomaz Salustino e a Mina Brejui da cidade de Currais Novos. 




1 – Currais Novos – RN


 

Iniciamos a visita, conhecendo o Museu Mineral e o Memorial Tomaz Salustino que foram criados a partir da iniciativa da Sra. Nia Dutra, Sr. Jerônimo Alves e da diretoria e dos funcionários da Mineração Tomaz Salustino, inaugurado em Setembro de 2006 que teve representantes de várias instituições de ensino e órgãos públicos. A criação do Museu Mineral e do Memorial Tomaz Salustino fortaleceram significativamente o turismo do município, gerando emprego a dezenas de pessoas e recebendo visitantes de todos os locais do país, inclusive, os visitantes estrangeiros que durante a visita podiam ver a exposição de peças usadas pelo senhor Tomaz Salustino, peças da sua esposa e familiares, além de minerais expostas que são de encher os olhos de qualquer um pela beleza sem igual das exposições citadas anteriormente. Conhecemos também um pouco da história de vida da família e da empresa, que forneceu milhares de toneladas de minério as indústrias de aço que serviam para a fabricação de balas, bicos de caneta e outros materiais. A Mina Brejui é considerada a maior mina de Scheelita da America do Sul, na qual, iniciou sua exploração por volta do ano de 1943, ano esse que foi descoberto à existência do minério no município, conta-se que um vaqueiro subordinado do senhor Tomaz Salustino ao aboiar o gado, encontrou a pedra diferente das outras e a levou ao patrão para tomar conhecimento, Tomaz Salustino que havia recebido a visita de estrangeiros, decidiu enviar a peça há um laboratório no Rio de Janeiro e recebendo o resultado com a conclusão que a pedra ali se tratava de um mineral conhecido como Sheelita, pouco mais de dez anos após a descoberto do mineral foi constituída a empresa Tomaz Salustino S/A. 

















A mina teve seu apogeu durante a Segunda Guerra Mundial exportando o minério para países como Alemanha e Estados Unidos. Durante esse período a sociedade fez um grande progresso através de obras como o Tungstênio Hotel que ainda existe até hoje, apesar de não ter uma estrutura gigantesca permanece imponente aos outros, com estruturas até um pouco precárias, más, cheio de mitos em relação a si, alguns dizem que o hotel é mal assombrado deixando o Tungstênio Hotel com um grande ar de suspense. Durante os anos 80, houve um declínio na mineração conseqüente das variações dos preços internacionais da Scheelita e pela utilização de outros minerais para as fabricações de outros artefatos industriais e tecnológicos.  Atualmente as minerações voltaram as suas atividades no município. Além do trabalho feito de mineração a Mina Brejui recebe muitos visitantes, tendo meses em que chega a ser vista por mais de 1500 pessoas. Após a visita ao museu e ao Memorial visitamos uma das galerias de exploração do minério dentro da própria mina. O Guia de Turismo Jorge, nos levou a essa galeria para relatar sobre curiosidades e nos proporcionou uma experiência para sabermos o que acontece quando falta luz dentro de uma galeria e com mineradores trabalhando. Nessa experiência ele apagou todas as luzes, ficamos de mãos dadas e em silêncio nos levando a sentir uma pressão forte em nossos ouvidos, e uma sensação de pânico.



















Foi comentado também sobre um visitante que chegou um pouco tarde e queria de qualquer forma fazer a visita das galerias, e não havia guias para levá-lo então esse homem aproveitou-se de um momento de distração dos responsáveis e foi sozinho até a mina, enquanto ele entrou houve uma queda de energia no local, ele se manteve calmo e tentou sair utilizando-se do flash de uma câmera fotográfica, com o passar do tempo ele começou a se desesperar e sentir como se ouvisse passos atrás dele, o desespero então o levou a sentir a presença de alguém logo atrás o levando a ver três pessoas atrás dele, pessoas com apenas a parte do pescoço para baixo, isso o fez correr e registrar fotos das “pessoas” que estavam o “perseguindo” quando conseguiu sair da mina em pânico total, mostraram as fotos às pessoas e nada se viu, ou seja, tinha só galerias vazias. Com isso, podemos verificar que a melhor coisa quando acontece uma queda de energia dentro da Mina, seria manter-se calmo e esperar, pois tudo que ele via eram apenas fato de sua imaginação. Logo após a saída das galerias fomos visitar as Dunas de Dejetos da Mineração, algo fabuloso, muito parecido às dunas de areia que vimos nas praias, são dezenas de dunas feitas dos dejetos da mineração, com uma vista para a vegetação da região, vegetação verde pela grande quantidade de uma planta conhecida popularmente por Algaroba, planta que precisa de pouca água para sobreviver e que é utilizada para alimentação do gado em épocas de seca e que se alastra com grande facilidade pela vegetação. 











 

Em seguida, seguimos para almoçar no restaurante em Currais Novos e aproveitamos para fazer um city tour e visitar as lojinhas de artesanatos. Aproveitamos nesse momento para comprar peças como: brincos feitos de minerais retirados da Mina, bonequinhos artesanais, camisetas e outras lembranças. Na companhia da Guia de Turismo Raianne, foi mostrado o Hotel Tungstênio, o primeiro hotel da cidade, que recebeu esse nome por causa da exploração desse metal, o mesmo se localiza no centro da cidade e é o macro do desenvolvimento de Currais Novos. Passamos também pela Fundação José Bezerra Gomes, que tem um grande acervo de documentos e objetos que contam a historia da cidade, bem como a história do desembargador Tomás Salustino, que contribuiu bastante para o desenvolvimento econômico da cidade com a exploração da scheelita.  Passamos pelas Praças Cristo Rei e Desembargador Tomaz Salustino, onde encontramos uma réplica fiel, porém em menor proporção, da estátua Cristo Redentor e uma estátua em tamanho real de Tomás Salustino apontando para sua residência que se localiza em frente à praça, respectivamente.  

Passamos pela Matriz de Sant'Ana (considerada a santa da fertilidade por trazer chuva), que foi construída como cumprimento de uma promessa feita pelo Coronel Cipriano Lopes Galvão, que muito aflito com a inexistência de água para seu rebanho prometeu, caso chovesse, construir a capela em homenagem à gloriosa Senhora Santa Ana na sua fazenda, no mesmo dia choveu, mas a promessa só foi cumprida em 1808 por seu filho, o Capitão-Mor Cipriano Lopes Galvão. Em seguida fomos para a Cidade de Acarí – RN.








2 - Acarí – RN

Dando continuidade aos aspectos sociais e culturais abordados, o segundo destino foi à cidade de Acarí – RN, conhecida como a mais velha do Seridó e recebendo por algum tempo o titulo de cidade mais limpa do Brasil. Para quem não sabe, a origem do nome da cidade se deu a partir de um peixe chamado: Acarís, conhecido popularmente como cascudo. Um peixe de escama áspera, carne branca e muito saborosa. Esse pescado era encontrado no Rio Acauã, que possuía água o ano inteiro e servia de ponto de parada dos viajantes que passavam pela região, fazendo com que anos mais tarde provoca-se a construção de palhoças e no ano de 1720, começou a existir um pequeno povoado. A cidade em geral possui uma forte valorização quando retratamos a questão de limpeza e das pinturas das casas, tudo isso começou com uma lei regida pelo prefeito que obrigava todos os moradores a pintar as fachadas das casas, e aqueles que não tinham condições financeiras suficiente recebiam o Cal para prática da limpeza, ou seja, até hoje as pessoas são conscientizadas a manter esse uso. Outro elemento que contribui para atividade turística são as formas arquitetônicas dos prédios que são mantidos e preservados, alguns sendo considerados como patrimônios. 

Uma curiosidade é sobre a coleta seletiva, que detém de caminhões de lixo que circulam duas vezes ao dia. Mas, observamos durante o percurso a ausência de lixeiras na cidade, mas o fato é que isso não afeta em nada, pois a cultura de se preservar a cidade é mantida e serve de referência a todos que visitam o lugar. Para quem não sabe, a cidade perdeu o titulo de cidade mais limpa do Brasil, para uma cidade do Sul: Curitiba. Chegando a cidade no sábado ás 16h00min tendo com destino a pousada de gargalheiras, passamos então por uma vila de pescadores, que surgiu a partir da construção do Açude Gargalheiras, ou seja, com o término da construção esses trabalhadores permaneceram no local e passaram a usufruir da atividade pesqueira. Logo de imediato, pudemos perceber a presença do desenvolvimento e comercialização do segmento gastronômico como: A Lingüiça de Camarão, o Filé de Peixe, hamburguês e as almôndegas que estavam sendo vendidas naquela localidade. Chegando à Pousada, de inicio foi notado o encantamento de todos com aquele lugar, cercado de serras e aglomerados de pedras, que juntamente com o reflexo do sol na água da barragem, nos conduzia a um momento de fascínio e reflexão pessoal. 









Em seguida, fizemos o check-in e nos dirigimos aos respectivos quartos. Um fato que nos chamou a atenção foi á presença do artesanato e de quadros que estavam pendurados nas portas dos quartos, na qual representava um tipo de peixe encontrado e consumido naquela região. Era uma forma simples, mas que transmitia de alguma forma a cultura local. Tivemos um tempo para o descanso e a noite nos reunimos para um momento de descontração e troca de experiências, onde aproveitamos para jantar. Nesse momento, notamos a influencia da cultural local presente na gastronomia, foram servidos: Tapioca com Camarão, Tapioca com Carne de Sol e Filé á Parmegiana, são pratos servidos naquela localidade e que agregam produtos que remetem a valores identitários e culturais do passado, que estão incluídos hoje na culinária, fomentando assim para um atrativo turístico. 

Ao final do jantar, presenciamos o nascer da lua por trás das serras, momento esse que me fez lembrar o passado que uniam as famílias, através das prosas, lendas e os mitos em que grande parte das pessoas se reunia para esse momento de descontração, principalmente nas sextas-feiras 13. Essa data não nos remeteu a isso, mas nos conduziram a inesquecível brincadeira dos limões, que preferimos não comentar. Aproximando a madrugada, fomos dormir. No outro dia pela manhã, fomos prestigiados com o nascer do sol e aproveitamos para os registros fotográficos. Em seguida, foi servido o café da manhã, sendo oferecidas frutas como: Melancia, Banana e Mamão e alguns produtos que caracterizavam o homem do campo, como o cuscuz. O que mais me chamou a atenção foi o ovo mexido com queijo de coalho, por causa do sabor peculiar, a aparência e forma de preparo. Pois, o meu paladar não estava acostumado com esse sabor diferente e me proporcionou estranhamento com o prato. Por volta das 8h30min saímos da pousada com o objetivo de realizar um City Tour, tendo o MUSEU HISTÓRICO DE ACARÍ OU MUSEU DO SERTANEJO, como nosso primeiro ponto de visitação. 



Chegamos ao Museu e fomos recebido pelo Guia de Turismo: Túlio. Durante anos o prédio do Museu foi utilizado com câmara e cadeia da cidade. Foi apenas em 11 de agosto de 1990 que aconteceu a inauguração do Museu Histórico de Acarí, que retrata a valorização e memória do homem sertanejo do Seridó, mostrando as particularidades econômicas e culturais existentes na região, como também a historia política e social da cidade. Fomos acompanhados pela Guia de Turismo e Coordenadora Cultural: Maria Daguia de Medeiros que iniciou a explicação comentando a respeito do inicio do povoamento do sertão, pudemos entender de fato que o Seridó já foi habitado por grupos humanos, constituídos pela presença do homem pré-histórico, atestado por inscrições e desenhos rupestres. Através dos objetos e fotos expostas no museu, compreendemos que o fator principal de povoamento do Seridó foi á criação extensiva do gado que pelo favorecimento do clima, existência de paisagens nativas e a distribuição das sesmaria, foram alguns fatores essenciais para o surgimento das fazendas. 

Um elemento característico na criação de rebanhos bovinos era a classificação quanto à formação dos animais, sem falar na necessidade e tradição existente, na qual o gado tinha que ser ferrado e/ou marcado no lado esquerdo com a marca da região e do lado direito com a marca do proprietário. Nessa época, também surgiam várias crenças e orações contra enfermidades de pessoas e rebanhos; o mau olhado; quebranto, proteção e até mesmo pedidos de casamento. Ou seja, é através do misticismo que entendemos a superação do homem sertanejo diante de algumas dificuldades. A Guia de Turismo também comentou sobre a evolução da casa do sertanejo. A principio, as moradias eram construídas com estrutura simples, feita de pau a pique e coberta com palhas. As ferramentas de trabalhos e os utensílios domésticos eram produzidos de forma artesanal, na qual temos como exemplo: A panela de barro e o pote que além de armazenar água, servia para conservar os alimentos. 

Com o passar do tempo os materiais usados na construções foram evoluindo de varias formas, utilizando tijolos e telhas que possuíam frases e versos conhecidos e importantes na época, em que na maioria das vezes retratavam o cotidiano e os ambientes naturais. A exemplo se tem o verso do poema de Gonçalves Dias: “MINHA TERRA TEM PALMEIRAS ONDE CANTA O SÁBIA”. Verso este que estava grifado em um telha exposta no Museu. Um dos elementos citados nessa fase histórica e econômica foi o vaqueiro, que possuía uma vestimenta feita de couro, um material muito resistente que o protege das picadas de cobra, e de espinhos característicos da vegetação caatinga. Considerado um desbravador de novas terras e representante essencial no desenvolvimento da pecuária, foi um dos responsável pelas construções dos currais, visando á proteção do gado. Estes eram feitos de pau a pique, e se estendiam ate as cercas de pedras que dividiam e cercavam territórios. As cercas de pedras faziam um contraste com as paisagens naturais das imediações, e hoje apesar de não ser de origem brasileira e sim portuguesa, é considerada um patrimônio Brasileiro. 

Durante as explicação Daguia Medeiros abordou sobre o processo artesanal da fabricação dos queijos de manteiga e de coalho. Produtos típicos da região do nordeste brasileiro e fabricado principalmente na região do Seridó. Dando continuidade na explicação, outro fator importante no contexto da região é atividade pesqueira, que ainda é utilizada de forma artesanal e muito presentes no açudes da região, principalmente o açude Marechal Dutra (Gargalheiras), pois seu reservatório constitui uma atividade de subsistência, sendo de enorme valor para a população do interior, como também a utilização desse recurso na atividade econômica, desenvolvendo de tal forma diversos produtos que infelizmente não são valorizados no mercado, ou seja, os comerciantes, não se apropriam da identidade gastronômica. Seja por algum desmotivo ou medo do produto não ser vendido ou consumido, já que o mesmo se torna caro.

Um dos pontos finais a ser relatado foi sobre a cultura do algodão, que chegou a ocupar o 1º lugar em importância econômica no município de Acarí. Não esquecendo, que Francisco Raimundo de Araújo foi o pioneiro na pesquisa sobre o melhoramento do algodão e hoje devido à praga do bicudo, essa cultura encontra-se extinta. Vários produtos são produzidos a partir da fibra do algodão, dentre eles os bordados fabricados no tear, a renda de bico, crochês e entre outros. Atualmente o que se pode verificar é que a influência e o avanço da tecnologia estar interferindo no cotidiano familiar. Essa cultura aos poucos está se perdendo, pois são raras as famílias que transmitem ainda essa arte a seus descentes. Eram constante, as famílias se reunirem a noite para contar historias de “Trancoso” e prosear, momento esse que era impedido quando começava á Rádio Voz do Brasil, práticas e costumes que acabam se perdendo no tempo. 

Partindo para o andar superior do Museu que retrata toda a história da cidade de Acarí – RN e não era permitido o registro de fotos, fomos acompanhados por outra Guia de Turismo que não recordo o nome do momento. Na realidade logo na subida da escada, nos deparamos com outro artesanato local, feito de tecido com areia, fato que chamou a atenção, pois está arte é perceptível em boa parte do Seridó. Percebemos também, que o piso do Museu era mantido com madeira original e encerado com cera de carnaúba, prática muito utilizada na conservação contra cupis. O espaço era direcionado a exposição de diversas atividades de lazer e organização social, sendo dividida por temas como: reuniões políticas; eventos; escola de músicas; galeria de Zeca Pires; galerias de fundadores da MHA e a galeria dos ex-prefeitos compostos por 26 homens e uma mulher, desde o ano de 1800 a 2003. Foram visto também, objetos que estiveram presentes no cotidiano das pessoas, indo além de sua utilidade, na qual fizeram parte da identidade local, considerando também como patrimônio cultural da cidade. 

Um fato curioso é em relação ao mito religioso de que São José e São Gonçalo eram vistos de acordo com a crendice popular como aqueles que proporcionavam os melhores casamentos, ao contrário de Santo Antonio que trazia o mais rápido, mas em compensação muitas das vezes não eram o melhor. Discos; vitrolas; escrivaninhas; oratórios; vestes dos sacerdotes; o estilo da cama, a cuspideira e o penico, os ferros a brasa, baús e objetos pessoais e econômicos, todos faziam parte desse acervo histórico e cultural do museu. É a partir dessa observação que compreendemos o quanto o Museu Histórico ou Museu do Sertanejo em Acarí, possui uma gama de elementos que valorizam as raízes sertanejas em todos os aspectos. 












Saímos do Museu do Sertanejo por volta das 10h00mim, passando pela antiga e primeira rua da cidade: Rua dos Alpendres, chamada atualmente de Rua e Praça Tomaz de Araújo, no decorrer do percurso passamos a entender a importância que a praça representa para a população. Lugar em que grande parte das pessoas passa a se concentrar com objetivo do dialogar, obter informação, e comercializar algum produto. Uma cultura que durante anos vem sendo mantendo viva e perpetuando entre o dia a dia da cidade. Em seguida, fomos para a igreja nossa senhora do Rosário, onde o Guia de Turismo Túlio, abordou sobre a criação e a história da igreja. A capela, em homenagem a Nossa Senhora da Guia, ficou pronta em 1738, permanecendo matriz da cidade até 1867, Deixou então de ser sede paroquial, devido à construção de uma nova igreja, sendo dedicada a Nossa Senhora do Rosário, onde é mantida no momento. Entre 1836 a 1840, ocorreram reformas por iniciativa do capitão Tomás de Araújo Pereira, ganhando patamar e os corredores laterais. Parte das imagens que possui: Santo Ambrósio, São Bento, São Gonçalo, São Miguel, São José, N. S. da Conceição e N. S. do Rosário, datam do século XVIII; sendo considerada a obra de arquitetura religiosa mais bem proporcionada do estado. 

Construída em tijolo cozido e liga resistente de argamassa de areia doce e barro vermelho. A fachada principal simples e comportada de verga curva encimada e porta de folhas almofadadas. Sobre o sacrário existe um oratório de frisos e lambrequins dourados, onde se encontra a imagem de madeira da Madona do Rosário. Nossa senhora do rosário é considerada padroeira dos negros e a igreja sendo inaugurada em 05 de maio de 1775, possui características barrocas desde a fachada até o piso, com equilíbrio e harmonia dos elementos que foram preservados na ultima restauração que ocorreu no ano de 2011. A primeira missa realizada na Igreja aconteceu no ano de 1863 e atualmente ela é aberta todas as quartas-feiras para o terço dos homens, recebendo um total de 200 homens e nos sábado á noite para a realização das missas. Um local que nos revelou curiosidade foi em relação ao púlpito que ainda estava sendo preservado dentro da igreja, nesse local eram proferidas as leituras da Sagrada Escritura em que, freqüentemente se compõe de uma pequena varanda que dá para a nave da igreja, localizada no mesmo nível do coro, mas à frente da igreja, bem à vista da congregação. Hoje em dia, nas igrejas católicas mais modernas e em praticamente todas as protestantes, o púlpito é composto de um pequeno pódio onde geralmente a Bíblia se encontra e de onde os leitores e pregadores costumam se dirigir à congregação. 



Depois desses relatos, fizemos um passeio pelas ruas da cidade, observando o cotidiano dos moradores e a cidade em geral, logo de inicio percebemos a existência de um coreto, onde as pessoas aproveitavam para jogar baralho e damas, momento esse que podia ser presenciados todos os dias pela manhã. O Coreto para quem não sabe é uma cobertura, situada ao ar livre, em praças e jardins, para abrigar bandas musicais em concertos, festas, romarias e usado para apresentações políticas e culturais. O estilo das casas nos condicionava a entender sobre o estilo de vida da época e chegando a Matriz de Nossa Senhora da Guia percebemos a presença de duas imponentes torres encimadas por bandeiras metálicas, uma de Nossa Senhora da Conceição e outra com as Armas do Império. Segundo o Guia Turístico, no altar-mor, há uma imagem da padroeira da cidade de Nossa Senhora da Conceição, em tamanho natural. Um dos patrimônios arquitetônicos mais importantes do município, sendo considerada uma das três maiores igrejas do Rio Grande do Norte, sua festa religiosa é realizada entre os dias 5 e 15 de agosto, com a procissão, eventos e barraquinhas. A igreja guarda suas características originais, predominando o estilo neoclássico e foi construída pelo fundador da cidade, Antônio de Azevedo Maia, em 1824 e se tornando um forte atrativo na região.
Por fim, voltamos acompanhados do Guia de Turismo, para a pousada e foi nesse presente momento que entendemos a história da construção da barragem relatada por ele. Pois, em 1920 deu inicio as obras da Barragem Gargalheiras, sendo que em 1960, teve a primeira sangria e sua ultima em 2011. Foi comentado sobre as três maiores importâncias que a barragem representa: como armazenamento de água, economia da pesca e o turismo. A Barragem Gargalheiras é considerada a 3ª maravilha do Rio Grande do Norte e se destaca quando nos referimos a esportes praticados: trilhas, canoagem, e rapel. Um turismo de aventura que ainda está em desenvolvimento na região.















Arrumamos nossas coisas e saímos as 13h00min para o almoço no restaurante que ficava na saída da cidade. A comida com um sabor típico e agradável ao nosso paladar nos proporcionou a percepção do quanto Acarí se dedica a atividade turística e por final seguimos para a cidade de Carnaúba dos Dantas.



3 - Carnaúba dos Dantas - RN




No turismo uma de suas principais características é o poder de transformar tudo que se toca em artificial, por interesses puramente mercadológicos. Porém quando se fala em turismo cultural esse conceito se perde, pois o maior interesse é o de preservar, transformando o objeto preservado em matéria-prima para o turismo. Podemos ver isso claramente na Região do Seridó e com mais ênfase em Carnaúba dos Dantas, pois as 7.294 pessoas que por lá habitam fazer questão de preservar riquezas naturais e culturais. 

Destacando principalmente o potencial turístico religioso que da enorme destaque ao “Monte do Galo” com suas 14 estações da Via Sacra e a encenação teatral da “Paixão de Cristo” repassada nas escadarias do mesmo. Também se podem ver com muita clareza as manifestações culturais nas fachadas antigas das casas, que ate hoje continua a mesma, com estilo arquitetônico das antigas edificações no centro histórico da cidade. Tem a origem do ecletismo europeu do século XVIII, que se manifestou de forma tardia, sem intenções formais nem estilísticas bem definidas e também formas de turismo alternativo como o ecoturismo, turismo ecológico, turismo de aventura dentre outros. Onde os principais equipamentos que podem ser utilizados para essas modalidades de turismo são os campos arqueológicos “Xique-xique I e II”, as trilhas feitas nas pedras: “do Dinheiro, do Gabão, a serra da Rajada ou do Serrote de Mamede, Horto Florestal ao Sitio do Letreiro. Onde novamente a cultura se faz necessária, pois a conscientização da população local é imprescindível para a preservação destes espaços. 

 A verdadeira pérola do turismo cultural da região está interligada nas áreas de artesanatos e gastronomia. No artesanato é possível ver uma variedade gigantesca de opções que vai desde as confecções de flores de tecidos, redes, varandas de crochê e macramê e pinturas. Quando se fala em artesanato também é muito importante lembrar a participação dos artistas locais, com grande destaque para “Dedé Carnaúba”, que tem dado uma forte contribuição tanto para a preservação da cultura, quanto para o desenvolvimento do turismo na região, destacando algumas de suas obras espalhadas na cidade, na Igreja Matriz de São José decorada com belíssimas imagens sacras feitas pelo artista. Na gastronomia a cidade também não deixa a desejar, pois oferece um cardápio diversificado, sem esquecer os principais traços históricos e culturais da região.    











Guias de Turismo, Historiadores e Pessoas Influentes: