quinta-feira, 19 de maio de 2011

NATAL - RN


HISTÓRIA DE NATAL

Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares. 

Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.

Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foram chamados de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado que começa evoluir foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos Holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes. 

A partir de 1922, o desenvolvimento de Natal ganhou ritmo acelerado com o aparecimento das primeiras atividades urbanas. Pela sua posição geográfica privilegiada é o ponto das Américas mais próximo da Europa, na IIº. Grande Guerra Mundial, já no século XX, serviu de base militar para os nortes americanos, ganhando ares de metrópole internacional, transformando definitivamente Natal e a cidade teve seu nome conhecido por milhões de cidadãos pelo mundo. 

Nos anos pós-guerra a cidade continuaria a se desenvolver e sua população cresceria, mas só alguns anos mais tarde é que esse quadro mudaria definitivamente. Foi no inicio da década dos anos 80 com a construção da Via Costeira este um marco importante. São 10 km de praias com uma excelente rede de hotéis entre as Dunas e o Mar.

Assim como nos demais estados nordestinos que, no conjunto da industrialização, estiveram sempre legados ao plano de fornecedores de mão-de-obra e matérias-primas para as áreas em vias de consolidação industrial, o Rio Grande do Norte também enfrentou todos os entraves estabelecidos no sentido de manter o estado em um plano secundário no conjunto da economia nacional. Apesar da não existência de uma política econômica que gerasse incentivos ao industrialismo, esse tipo de empreendimento foi, aos poucos, ganhando relevo até pelas necessidades geradas a partir do modelo em voga no estado que, na verdade, era o chamado modelo de economia agro exportadora onde eram produzidas matérias-primas para abastecer os mercados internacionais e/ou intra-regionais.





Localização de Natal


Situada no Nordeste brasileiro, Natal apesar de quatrocentona, é uma cidade moderna. Concentrada, inicialmente, no bairro da Ribeira, com seus casarios, é separada geograficamente pelo Rio Potengi, realçando sua beleza, onde de um lado ficam os bairros de Santos Reis e as Rocas e na outra margem a praia da Redinha. Ganhou ares de modernidade quando o arquiteto Giácomo Palumbo montou um projeto arquitetônico que diferenciou a cidade das demais capitais nordestinas, com ruas e largas avenidas, para os bairros do Tirol e Petrópolis. 

Com clima tropical, Natal passa a impressão de que a estação do verão dura por todo o ano. As temperaturas se mantêm altas durante os 12 meses. E Natal é conhecida como a cidade com o maior número de dias com sol do país. Natal tem no turismo sua principal fonte de renda, chegando a concentrar atualmente 25% de sua população economicamente ativa como mão-de-obra trabalhando nessa atividade.

Suas principais atrações turísticas são as praias de Ponta Negra, Via Costeira (Onde se concentram os maiores hotéis instalados na capital), Areia Preta, Praia dos Artistas, Praia do Meio, Praia do Forte e a Praia da Redinha. Os monumentos históricos são o Forte dos Reis Magos, Teatro Alberto Maranhão, Palácio da Cultura (antiga sede do Governo Estadual), Palácio Felipe Camarão (atual sede do Governo Municipal), Solar Bela Vista, Igreja do Rosário dos Pretos, Igreja do Galo, Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Prédio da Ordem dos Advogados do Brasil, Instituto Histórico e Geográfico, Academia Norte-rio-grandense de Letras, Grande Hotel, Colégio Atheneu Norte-rio-grandense, Prédio da Associação Comercial, antiga Faculdade de Direito, Capitania das Artes (antiga Capitania dos Portos), Farol de Mãe Luiza, Junta Comercial do Rio Grande do Norte, Estação Metropolitana de Trens Urbanos, Pedra do Rosário e a Igreja Bom Jesus das Dores.


IMAGENS:

Morro do Careca - Ponta Negra
Orla maritíma urbana de Natal
Praia Areia Preta
Praia da Redinha - Barcos
Praia da Redinha
Praia de Ponta Negra - Jangada
Praia de Ponta Negra 1
Praia do Forte 1
Praia do Forte
Praia do Meio - Noite
Praia do Meio 1 - Noite
Praias Urbanas 1
Praias Urbanas 2
Praias Urbanas
Passeio de buggy 1
dromedarios- genipabu
Maior Cajueiro do Mundo - Pirangi
Aeroporto Internacional Augusto Severo
Antiga Ponte Ferroviária de Igapó
Catedral Metropolitana
Estádio João Cláudio Machado - Machadão
Farol de Mãe Luiza
Forte dos Reis Magos
Fundação Cultural Capitania das Artes
Igreja dos Pescadores - praia da Redinha
Instituto Histórico e Geográfico
Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte
Pedra do Rosário
Ponte de Todos Newton Navarro
Pórtico de Natal
Teatro Alberto Maranhão


sábado, 7 de maio de 2011

Chuva de bala no país de mossoró!


Chuva de bala! 
Mossoró, RN - JUNHO/2011

Espetáculo – Na parte teatral, destaca-se o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró. A encenação acontece em palco ao ar livre no adro da Capela de São Vicente e conta a história da resistência do povo de Mossoró ao bando de Lampião. A Gerência de Cultura já definiu 12 apresentações do Chuva de Bala, que este ano estreará dia 9 de junho, às 21 horas.

Em sua 10ª edição, o Chuva de Bala terá a direção do teatrólogo João Marcelino, a exemplo das últimas encenações. O espetáculo será encenado por 60 atores da terra e terá ainda a participação de criança do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), sendo que os ensaios se iniciarão na próxima segunda-feira, dia 2 de maio, às 19h, no Ginásio do Clube Nassau.


Este Belo espetáculo campal relembra um fato histórico e no mês de junho virou uma das atrações turísticas em Mossoró. 




Depois de Natal, segundo consta, Mossoró é a cidade mais importante do Estado do Rio Grande do Norte. Não tem praias exuberantes ou paisagens marítimas de beleza rara, como Natal. Aliás, Mossoró não tem praia. Está próxima às beiradas do sertão, do lado de dentro, região onde em outros tempos existiram trilhas do cangaço.

E, por essas trilhas, no dia 13 de junho de 1927 o bando guerreiro de Lampião tentou tomar Mossoró de assalto. Porém, avisadas com antecedência, as autoridades locais armaram a resistência, com a participação espontânea do povo. E o bando guerreiro foi rechaçado, depois de dura batalha.

Naquele dia, portanto, deu-se ali uma epopéia sertaneja que marcou profundamente a paisagem local e a alma da sua gente. Epopéia que vem sendo celebrada, de 5 anos para cá, através de um espetáculo teatral encenado no mesmo lugar onde se deu o embate guerreiro. Escrita por Tarcísio Gurgel, a peça "Chuva de Bala no País de Mossoró" teve sua primeira montagem dirigida por Antônio Abujamra, que com sorriso provocador iluminou a história desde o ponto de vista de uma grande comédia. Sucesso inconteste.

A saga continuou e esta 5ª edição, apresentada como as anteriores na praça frente à igreja de São Vicente da Bunda Redonda (igreja da “bunda redonda”, não o santo), foi dirigida por João Marcelino, que teve a parceria de Danilo Guanais, na criação musical e regência, e de Clézia Barreto, na coreografia.

O texto lembra o episódio histórico de modo simples e direto, como é próprio a uma obra cênica de natureza narrativa, mas revela algumas reentrâncias curiosas, que quebram a linearidade da fábula, contrapõem ideologias e insinuam a presença do povo, da arraia miúda, entre as duas forças antagônicas: o Poder Constituído, de um lado, os cangaceiros, do outro. E o povo, na verdade, é joguete manipulado e quase sempre vitimado por um ou outro lado.

O Poder Constituído coloca-se de modo claro através do prefeito Rodolfo Fernandes (Marcos Leonardo), símbolo do governo republicano, junto do Padre Mota (Carlos José), representante da Igreja, e do Tenente Laurentino (Renilson Fonseca), que representa a polícia, mas significa coisa maior, como Forças Armadas.

A ponte entre o Poder Constituído e a atividade cangaceira do bando de Lampião (Dionísio do Apodi) é o “coronel” Antônio Gurgel (Cícero Lima), que apesar da patente não é militar e sim latifundiário, representante da Propriedade Privada. Ou do capitalismo caboclo, que dialoga em termos econômicos tanto com os cangaceiros quanto com o Poder Constituído, mostrando para uns e para outros as possíveis vantagens e desvantagens de cada ato que se pratica.

Seqüestrado pelos cangaceiros, o “coronel” tenta o diálogo com seus algozes, mas é forçado a escrever uma carta ao prefeito declarando a vultosa quantia exigida pelos bandidos para libertá-lo e deixar em paz a cidade. O inútil ultimato confirma a informação que o antecedera, dando conta do planejado ataque do bando de Lampião à pacata Mossoró. Imediatamente as autoridades se unem e conclamam o povo a resistir, repelindo os invasores.

Esse enredo, embora conte um episódio real, ocorrido há quase 80 anos nos sertões do Rio Grande do Norte, traz à lembrança outras fábulas com os mesmos ingredientes. Lembra, por exemplo, “Os Sete Samurais” do mestre Akira Kurosawa, que teve versão hollywoodiana, “Sete Homens e Um Destino”, de John Sturges, e conta a história de um povoado à mercê de bandidos. Com o auxílio de profissionais (os samurais de Kurosawa ou os cowboys de Sturges) o povoado consegue triunfar sobre os agressores. Mossoró, todavia, não buscou auxílio externo: conseguiu ali mesmo armar a resistência e... Resistiu.

Pela cartilha dos nossos marxistas, o cangaceiro é um projeto de revolução, como na leitura de Glauber Rocha em “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, onde aparece Corisco bradando que “mais fortes são os poderes do povo”. Já o texto “Chuva de Bala no País de Mossoró”, respeitando a memória do fato, apresenta o Poder Constituído como força positiva, enquanto o bando de Lampião é o lado negativo da História.

Impossível ignorar, no entanto, independente da ideologia marxista, a sagração mítica do cangaço, como elemento desestabilizador do status quo, única força a desafiar a “política dos governadores”, que dava poderes plenos aos “coronéis”. Mítica que se insinua no texto de Tarcísio Gurgel e que João Marcelino amplia na encenação, como na cena vigorosa (quem sabe inspirada nas “Troianas”), quando carpideiras lamentam a desumanidade dessa luta que deixa tantas viúvas e tantos órfãos pelos sertões. Ou nos diferentes tons de abordagem e representação crítica dos personagens: há uma cor de terra envolvendo as imagens dos cangaceiros em seu ambiente, como se fossem forças telúricas, formas ainda fundidas na terra seca e nas rochas do sertão; já a elite daquela pequena comunidade sertaneja, que se reuniu em um baile às vésperas do ataque, surge como que flutuando, em meio a vapores e cores luminosas, vestida ao modo e gosto europeu, alienada da realidade onde se move que é de seca, miséria e opressão.

Com a participação de 54 atores, mais 20 atiradores do Tiro de Guerra (que entram apenas para encenar a resistência de Mossoró) e mais 100 crianças de projetos locais de inclusão social, que compõem uma espécie de coro acompanhando as evoluções de Antônia (Tony Silva), a narradora da história, o espetáculo impressiona e atesta a arte do encenador João Marcelino. A cada cena afirma-se a inteligente elaboração do encenador, que une ao drama, organicamente, os movimentos coreográficos de Clézia Barreto e o canto coral regido por Danilo Guanais, resultando manifestação “harmorial”, requintadíssima tanto nos desenhos cênicos quanto na música e na dança. Assim como na desempenho do elenco, com intérpretes no mínimo competentes, que conseguem representar, cantar e dançar. Elenco encabeçado por um núcleo de ótimos atores, defendendo os papéis principais, dando-lhes verdade e brilho.

A encenação deste ano de “Chuva de Bala no País de Mossoró” ganhou relevo épico, não só em razão do tema, mas do tratamento dado a esse tema pelos criadores cênicos. Um espetáculo que a platéia assiste encantada. A multidão reunida na praça acompanha cada sessão do espetáculo com visível prazer. Parece que cada espectador está se reencontrando em sua própria casa, em sua própria história. E esse sentimento aumenta a beleza do espetáculo, transforma-o num ritual, numa celebração.




















quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estátua de Santa Rita de Cássia - CIDADE DE SANTA CRUZ/RN



Santa Cruz do Inharé  - RN, inaugura a estátua de Santa Rita de Cássia!
  
Uma multidão de devotos de Santa Rita de Cássia é esperada neste fim de semana na cidade de Santa Cruz, a 120 quilômetros de Natal. Uma vasta programação será desenvolvida por ocasião da inauguração do Alto de Santa Rita, já chamada de "madrinha dos sertões".

No sábado, haverá reza do terço, missa, procissão, solenidade de inauguração, às 16h, e shows. Já no domingo, a programação terá início às 7h, com missa, na Igreja Matriz e início da visitação ao Santuário. Depois, terá reza do terço, atendimento de confissões, missa e adoração ao Santíssimo Sacramento. 

A estátua da imagem da padroeira de Santa Cruz faz parte do Complexo Turístico Religioso Alto de Santa Rita, construído no Monte Carmelo, lado da cidade. O início das obras foi em 2007, com recursos dos governos municipal, estadual e federal. 

A estátua mede 50 metros de altura, sobre um pedestal de seis metros, totalizando 56 metros de altura, tornando-a mais alta que a do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que mede 38 metros de altura. O complexo compreende, além da estátua, uma capela, sala de promessas, praça do romeiro, auditório, restaurante, lanchonete, lojinhas, banheiros, mirante e estacionamento.




Programação permanente:

A partir de agora, será desenvolvida uma programação permanente, todos os domingos, no Santuário: 10h, missa, e às 11h30, bênção do Santíssimo. Além disso, cinco romarias serão realizadas, anualmente: Romaria Eucarística, dias 21 e 22 de abril, fazendo memória à primeira missa celebrada no Santuário; Romaria de Santa Rita de Cássia, de 13 a 22 de maio, na festa da padroeira; Romaria Mariana, de 17 a 22 de julho, festa de Nossa Senhora do Carmo; Romaria da Gratidão, dias 11 e 12 de outubro, celebrando o aniversário de criação do Santuário; e Romaria da Coroa, todo dia 22 de cada mês.