Não é só no Brasil que o empreendedorismo está
em alta. Representantes de diversos países presentes no Congresso Global de
Empreendedorismo, no Rio de Janeiro, discutiram sobre suas políticas de
incentivo a novos negócios e ressaltaram iniciativas de financiamento coletivo.
“O crowdfunding pode ser um primeiro passo para um negócio, para que depois os
fundos de venture capital também façam seus investimentos nas empresas”, diz
Esperanza Lasagabaster, gerente de serviços, inovação e empreendedorismo do
Banco Mundial.
Na Itália, por exemplo, o governo está reduzindo a
burocracia para tornar o mercado financeiro mais flexível. Além disso, há um
novo sistema de benefícios fiscais para quem investe em startups. Medidas assim
devem incentivar o empreendedorismo, que ainda é visto como uma possibilidade
pouco concreta no país. “Precisamos avaliar quais são as melhores práticas
adotadas no mundo para verificar o que podemos fazer e adaptar os exemplos mais
relevantes para o nosso próprio ecossistema”, afirma Alessandro Fusacchia,
conselheiro-chefe do Ministério da Economia da Itália.
Nos Estados Unidos, novas políticas públicas preveem a
reforma de políticas de imigração para manter no país os empreendedores
estrangeiros que queiram basear suas empresas lá. Outro exemplo relevante vem
do Chile. O país sul-americano tinha a missão de tornar a abertura das empresas
algo mais simples. “Nosso objetivo era atrair talentos. Os empreendedores
estavam olhando para dentro, para resolver problemas locais. Precisávamos
melhorar a cultura dos nossos empreendedores, fazendo com que eles fossem
capazes de olhar para problemas globais”, diz Conrad von Igel,
diretor-executivo do InnovaChile.
Ser capaz de olhar para os problemas globais não significa,
porém, copiar o modelo adotado no Vale do Silício, referência para todos os
programas de startups pelo mundo. “Todo mundo quer reinventar o Vale do
Silício, mas essa é uma péssima ideia”, afirma Lesa Mitchell, vice-presidente
de inovação e redes da Fundação Kauffman. “Quanto mais os governos conseguirem
criar um ambiente local favorável, melhor”, diz. Para Lesa, um bom exemplo
recente é exatamente o programa chileno.
Fonte: evistapegn.globo.com/ via http://edielsonsoares.wordpress.com/
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