A intenção é que o Parque da Furna Feira sirva de ponto
turístico para o público que se deslocará entre Natal e Fortaleza para assistir
aos jogos da Copa do Mundo. O decreto de criação do Parque foi assinado
pela presidenta Dilma Rousseff no dia 5 de junho, data em que se comemora o Dia
Internacional do Meio Ambiente.
A expectativa é que no mês de agosto seja realizada uma
cerimônia de criação oficial com a presença de autoridades e da ministra do
Meio Ambiente Izabella Teixeira. “É o coroamento de um trabalho de mais de dez anos. Até 2007
foram concluídos os estudos preliminares e no início de 2008 a proposta foi
apresentada ao Ministério do Meio Ambiente. Após inúmeras reuniões, audiências
públicas e trabalhos, o Parque foi criado. E temos muito o que comemorar, pois
há mais de 30 anos nenhuma unidade de conservação federal era criada; é o
primeiro parque nacional do Rio Grande do Norte, um dos poucos Estados do País
que ainda não tinha um e é uma área importantíssima que vai servir a toda a
população, tanto para estudos, visitação e desenvolvimento da região”, comemora
Diego de Medeiros Bento, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e
Conservação de Cavernas (CECAV) do ICMBio.
Até poder abrir os portões, uma série de trabalhos tem que
ser feita. Alguns estudos precisam ser concluídos e outros iniciados. O
Parque está em processo de escolha da chefia. Os nomes que estão sendo
indicados serão avaliados e escolhidos pela Casa Civil brasileira.
Também será elaborado um plano de manejo, com a formação de
um conselho consultivo que vai direcionar as ações executadas na Furna Feia. O
conselho conta com a participação de diversos órgãos, entre eles a chefia do
Parque, prefeituras das duas cidades, Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente (IDEMA) do RN, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), entre outros.
Ainda serão discutidas a necessidade de estruturação, como o
local será utilizado e como os moradores da região podem ser incluídos nas
atividades. Por enquanto, o local já recebe atenção especial e uma série
de regras para impedir a presença de estranhos que ameacem a biodiversidade do
local. “Há uma legislação própria e bem mais rigorosa. Se uma pessoa for pega
com uma pá lá dentro corre risco de ser presa. Agora só estão autorizados a
visitar o pessoal do Instituto Chico Mendes e estudiosos. Qualquer pessoa sem
permissão pode atrapalhar. O acesso é muito restrito”, ressaltou Diego Bento.
IMPORTÂNCIA - Os levantamentos apontam flora e fauna
diversificadas e bem preservadas, tornando a área uma das mais representativas
da Caatinga no Estado, com a ocorrência de várias espécies de plantas, inclusive
endêmicas, espécies de aves, espécies de mamíferos e espécies de répteis.
Várias dessas espécies constam nas listas de fauna e flora ameaçadas de
extinção.
A área tem um imenso potencial para pesquisa científica.
Diversas universidades locais e de outras regiões do país já realizam estudos
no local. Além disso, a área possui o potencial turístico - ecológico e de
aventura - terão importantes papéis no desenvolvimento socioeconômico de
famílias assentadas e comunidades do entorno, se tornando fonte de renda
sustentável para a região.
Com a Unidade de Conservação (UC) será triplicará a área de
Caatinga protegida, pois o bioma exclusivamente brasileiro, apesar de ocupar
mais de 80% da área do Estado, representa menos de 2% da área protegida no Rio
Grande do Norte.
Fonte: Gazeta do oeste
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