Obras contemplam trecho interditado no calçadão da praia de
Ponta Negra.
Projeto, que inclui as praias do Forte e Areia Preta, custará R$ 17 milhões.
Destruição causada pelo avanço do mar no calçadão da praia
de Ponta Negra, cartão postal de Natal
As obras de recuperação das orlas das praias urbanas de
Ponta Negra, Forte e Areia Preta, antes de responsabilidade da Prefeitura de
Natal, agora estão a cargo do Governo do Estado, segundo informações divulgadaspela Secretaria Estadual de Turismo (Setur). O projeto
também inclui recuperação total do calçadão de Ponta Negra, que tem trecho
interditado e em estado de calamidade pública decretado desde o mês de julho
passado em razão da degradação causada pelo avanço do mar.
Ainda de acordo com a Setur, o Governo conseguiu a liberação
de R$ 14 milhões junto ao Ministério do Turismo para a realização das
construções. Outros R$ 3,6 milhões serão destinados à sinalização turística,
incluindo R$ 320 mil para a aquisição de veículos que servirão como boxes
itinerantes para o atendimento dos visitantes que chegam à capital potiguar. “O
total de recursos a serem transferidos pelo Ministério do Turismo para estes
três projetos é de R$ 17 milhões”, anunciou a Secretaria.
A assessoria de imprensa da Setur disse também que a
liberação dos recursos tem caráter emergencial e deve acontecer nas próximas
semanas. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2013 e
sejam concluídas antes da Copa do Mundo.
Calamidade Pública
O calçadão da praia de Ponta Negra, um dos principais
cartões postais de Natal, encontra-se em estado de calamidade pública desde o
dia 12 de julho deste ano, após boa parte do passeio ter sido destruído pelo
avanço do mar. São quase cinco meses sem solução. Parte da estrutura está
completamente deteriorada, dificultando o trânsito e oferecendo risco para quem
passa pelo local. Em outubro a Prefeitura prorrogou o estado de calamidade por
mais 90 dias em toda a orla do calçadão.
Perícia
No mês passado oito peritos, nomeados pelo Ministério
Público Estadual, traçaram o perfil geomorfológico e a caracterização
físico-oceanográfica da praia de Ponta Negra, em Natal. O laudo pericial
referente à erosão da praia foi apresentado à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente
e aos representantes da Prefeitura de Natal e do Governo do Estado.
Além de detalhar os aspectos relacionados à natureza da
praia, o laudo apontou soluções de engenharia emergenciais, que podem reduzir
os danos causados pelo movimento das marés. A falta de areia na praia foi o
principal problema identificado.
Além da ausência de sedimentos suficientes, os peritos
apontaram que o muro de arrimo do calçadão de Ponta Negra foi construído dentro
da faixa dinâmica da praia. "A partir do momento em que as ondas atingem o
paramento vertical do muro, elas são refletidas, dobram sua altura e inicia-se
um processo hidrodinâmico bastante diverso", analisaram os peritos.
Como medida emergencial, o corpo técnico formado pelo
Ministério Público sugeriu o engordamento artifical da praia, com a colocação
de até 180 mil metros cúbicos de areia, divididos em 30 metros cúbicos por
metro.
Fonte: Jornal de Turismo / Natal
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