Pronta para abrir: Obras da Cidade da Criança alcançam 98% de conclusão e espaço deve ser reaberto em outubro.
Fechada há quase sete anos, a Cidade da Criança, uma ilustre desconhecida para
a maioria do público infantil natalense, está ‘bem dizer’ pronta para reabrir
suas portas. O administrador do espaço estima que 98% da obra está finalizada,
faltando detalhes como a instalação do playground, e a expectativa geral era
para que um dos raros espaços públicos de lazer no bairro Tirol fosse
reinaugurado até o dia 12 de outubro, data simbólica mais que propícia para a
festa. ‘Mas, porém, contudo’, o dia certo ainda não está definido. A única
informação concreta é a de que os esforços estão concentrados para que a Cidade
da Criança volte a funcionar agora em outubro.
Escolinha de artes, biblioteca, brinquedoteca, capela, auditório climatizado
com 90 lugares, anfiteatro para 350 pessoas, playground, museu taxidérmico,
rampas que permitem acessibilidade a todos os equipamentos, bicicletário,
passeio de pedalinho na Lagoa Manoel Felipe, quiosques e praça de alimentação
compõem a paisagem do lugar.
“Não temos uma data confirmada. Nossa meta é abrir agora em outubro, estamos
trabalhando para isso, mas não tenho como precisar o dia”, disse Ivanira
Machado, diretora administrativa da Fundação José Augusto, órgão do Governo
Estadual, responsável pela gestão do espaço. A reformulação geral da Cidade da
Criança custou R$ 7,2 milhões. De acordo com ela, “a obra está praticamente
pronta”.
O artista plástico Vatenor de Oliveira, diretor da Cidade da Criança, adiantou
que “neste momento” estão trabalhando na limpeza da lagoa e na instalação de um
playground nos mesmos moldes do que existe no Parque das Dunas.
Ivanira Machado explica que, antes de abrir as portas ao público, será preciso
receber o habite-se da área, documento emitido pelo Corpo de Bombeiros
comprovando que a construção segue as normas exigidas pelo Código de Obras.
“Além do habite-se e dos últimos retoques, está em curso processo licitatório
para seleção de prestadores de serviços. Queremos abrir a Cidade da Criança
com, pelo menos, parte dos quiosques de alimentação funcionando”, exemplifica a
diretora da FJA.
As licitações também irão definir as empresas responsáveis pela bilheteria,
limpeza e aluguel de pedalinhos na Lagoa Manoel Felipe, entre outros serviços.
“Inicialmente o acesso será gratuito”, avisa a gestora. Ivanira destacou que
uma primeira licitação chegou a ser feita, “mas constatamos algumas brechas no
termo de referência e decidimos reiniciar o processo”. Ela explicou que o
trâmite vai ser rápido, pois há empresas interessadas e não haverá dificuldade
de preencher os espaços.
O maior desses espaços, uma edificação de dois pavimentos, irá abrigar um
Centro de Ciências (gestão à cargo da Fundação de Apoio à Pesquisa do RN –
Fapern) no piso inferior, e um salão de festas. Por enquanto não se fala mais
sobre a ida do planetário para a Cidade da Criança, equipamento adquirido pela
Fapern em 2009, por 787 mil dólares (ou R$ 1,9 milhão no câmbio atual) e que
está guardado em um galpão da Marinha desde então.
No projeto original, o local onde pretende-se instalar o salão de festas seria
um restaurante com direito a ampla varanda de frente para a lagoa. Também
chegou a ser cogitada a ocupação do lugar por uma academia de ginástica. “A
definição do uso foi da professora Isaura (Rosado, secretária Extraordinária de
Cultura do Estado), e a prioridade será para festas infantis”, disse Ivanira
Machado. A reportagem do VIVER tentou contato com Isaura Rosado, que está
licenciada, para esclarecer a opção por um salão de festas, mas não obteve
êxito: os dois números de celulares informados deram fora de área.
Números
7,2 milhões é o valor total da reforma da Cidade da Criança.
30 mil metros quadrados totalizam a área ocupada.
5 foi o número oficial de vezes que a reabertura do espaço foi adiada.
Tribuna do Norte
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