Voluntários caem na real e FIFA ameaça substituí-los por
estudantes de PIBIC, mais habituados ao voluntariado.
Após a greve da PM em Pernambuco e sob a ameaça
iminente de greve policial em todo o território nacional, um surto de
consciência de classe vem tomando os voluntários da Copa que passam doravante a
exigir remuneração aos seus esforços doados ao mega evento internacional da
iniciativa privada.
A catarse sindical instantânea suscitada entre lideranças
espontâneas do voluntariado já começa a incomodar a FIFA, uma vez que 12.000
pessoas já estão incumbidas do controverso trabalho não-remunerado. A decisão
de cruzar os braços foi colocada em votação numa assembleia informal realizada
diante de um Fuleco gigante instalado em frente à Esplanada dos Ministérios em
Brasília. “Trabalho de graça? Quem anda propalando essa mentira descarada? Além
da inestimável experiência patriótica, o currículo do voluntário enriquece e
abre portas de empregos num futuro próximo.
Além do mais, cada voluntário ganha
R$ 15 ao dia em tickets alimentação”, afirmou Leandro Paes Barreto, coordenador
do programa de voluntariado. Caso a greve tome corpo, a FIFA tomará medidas
cabíveis. Além do desligamento de todos os grevistas, haverá recrutamento de
estudantes das universidades federais brasileiras que, sem bolsa, se amotinam
fazendo pesquisas de forma voluntária através do PIBIC (Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação Científica). “Não se faz Copa assalariando peões.
Que
venham os universitários, voluntários por excelência”, afirmou Ronaldo Fenômeno
em sua conta no Twitter. Se você é bolsista voluntário do CNPq (Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e se interessa pela vaga,
a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) assegura
que jogos
da Copa do Mundo poderão ser inseridos no Currículo Lattes.
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