Embalado por investimentos públicos e incentivos federais, o comércio do Rio
Grande do Norte alcançou o maior crescimento do Nordeste, no volume de vendas,
com um avanço de 8,8%, em 2013. O percentual, que inclui as vendas de veículos e materiais de construção, foi
apontado em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
divulgada ontem. Sem veículos e materiais de construção, a alta chega a 9,3% e
também é a maior entre os estados nordestinos.
Os números do ano passado mostram aceleração do setor, em comparação a 2012,
quando o comércio ampliado cresceu 7,6% e o restrito – sem veículos e materiais
de construção – avançou 7,0%, no estado. Nacionalmente, o movimento foi
inverso: as vendas perderam fôlego e a responsabilidade é atribuída
principalmente à inflação.
No caso do Rio Grande do Norte, a Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/RN) analisou que o desempenho positivo
reflete o maior volume de investimentos públicos – que fez circular mais
dinheiro na economia, aumentando o consumo – e incentivos federais, como
redução de imposto em alguns produtos e o programa Minha Casa Melhor, que
aqueceu, principalmente, o segmento de Móveis e Eletrodomésticos.
“Registrar uma alta de 8,8% (no varejo ampliado) é extremamente positivo. É um
percentual que representa praticamente três vezes o crescimento do PIB
brasileiro e também é mais de duas vezes maior que a alta nas vendas do país
(que ficou em 3,9%). Isto em um ano em que tivemos uma crise sem precedente no
nosso turismo”, disse o presidente da Fecomércio/RN, Marcelo Queiroz, em nota à
imprensa.
Empregos
Além das vendas em alta, ele ressaltou que o comércio foi destaque na
geração de empregos, no Estado. “O segmento foi o grande responsável pela
abertura de novas vagas de trabalho e, sem dúvida, assumiu a condição de
locomotiva do desenvolvimento potiguar”, disse, referindo-se ao fato de, das
10.384 vagas de emprego com carteira assinada abertas no ano passado no estado,
9.966 (cerca de 96%) terem sido geradas pelo setor de Comércio e Serviços.
Com relação às vendas de dezembro, mês tradicionalmente aquecido para o setor,
a pesquisa aponta avanço de 6,1% para o varejo restrito – percentual idêntico
ao alcançado em 2012 – e um aumento de 5,9% no ampliado, abaixo do ano
anterior, quando ficou em 7,5%.
G1
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