Os criadores de camarão do Rio Grande do Norte comemoram a
retomada das exportações do crustáceo para países da Europa. A primeira carga
de camarão confirmando essa retomada partiu rumo à França no fim de julho.
Foram comercializadas 100 toneladas. Pode parecer pouco, mas já é o suficiente
para encher de expectativas os criadores nordestinos.
O Rio Grande do Norte chegou a liderar as exportações de
camarão no Nordeste. O faturamento do setor, em 2004, foi de mais de US$ 82
milhões. De lá pra cá, as vendas para o exterior só caíram e foram zeradas nos
últimos dois anos. A principal causa, segundo as associações de criadores, foi
a competiçãoão com os países asiáticos. A China passou a liderar as exportações
de camarão para a Europa e os Estados Unidos. Enquanto isso, no Brasil, o dólar
despencou e os criadores também foram surpreendidos com o ataque da síndrome da
mancha branca: um vírus que prejudica a aparência do crustáceo e dificulta a
comercialização.
Este ano, a realidade é outra: a produção na Ásia caiu
bastante e os países europeus estão abrindo as portas para o camarão do Rio
Grande do Norte. Os criadores potiguares estão otimistas principalmente com o
preço: o quilo do camarão clássico, que no Brasil custa R$ 11, é vendido na
Europa por US$ 6,82, o equivalente a R$ 15,92.
"Já podemos comemorar. Não está no bolso ainda o
resultado, mas a pressão de compra do mercado externo está muito grande. Já
foram realizadas vendas no Rio Grande do Norte e no Ceará de quantidades
significativas em um mês que não é normal se vender camarão", disse
Orígenes Monte, criador.
O estado, que atualmente gera cerca de 22 mil empregos
diretos e indiretos no processo de criação do camarão, poderá ter um incremente
significativo nas contratações de trabalhadores."Se voltar os tempos
áureos de 2004, quando o principal item de exportação era o camarão, serão
criados cerca de 2 mil empregos diretos só no beneficiamento do camarão”, disse
o coordenador de Comércio e Serviços do RN, Otomar Lopes Cardoso.
Reprodução Cidade News Itaú
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