O argentino nascido em Rosário, Província de Santa Fé em 14
de Junho de 1928, Ernesto Che Guevara fez de sua vida uma das maiores
contribuições para a libertação dos povos da América latina e do mundo. Agora a
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, reconhece os
escritos do revolucionário como Patrimônio da Humanidade. Os documentos foram
incluídos no Programa de Memória do Mundo. Este programa que possui em seu
registro 299 documentos e coleções dos cinco continentes agora conta com 431
manuscritos do Che, 567 documentos sobre sua vida e obra, assim como uma
seleção de materiais iconográficos, cinematográficos, cartográficos e objetos
para museu. Para Juan Antonio Fernández, presidente da Comissão Nacional Cubana
da Unesco, esta decisão reconhece a “contribuição do Che ao pensamento
revolucionário latino-americano e mundial, que o converteram em símbolo de
rebeldia, de liberação e internacionalismo”.
O exemplo do guerrilheiro
heroico ultrapassa as barreiras do tempo e até hoje inspira os revolucionários
do mundo. Che, como era carinhosamente chamado entre os guerrilheiros do
movimento 26 de Julho, ficou conhecido por utilizar de suas próprias atitudes
para demonstrar como deve se comportar um revolucionário frente a diversas
situações, seja da vida cotidiana, seja no front de batalha. Ernesto nunca se
recusava a uma tarefa e defendia que um revolucionário deve estar onde a
revolução necessita. Enquanto Ministro da Indústria foi um grande entusiasta do
trabalho voluntário como emulação comunista, ele próprio se dedicou durante
anos ao trabalho voluntário na produção, uma vez por semana.
Sobretudo, Che era um internacionalista e ao cumprir com suas tarefas em Cuba,
foi construir a revolução no mundo. Passando pela África e por fim voltando à
América Latina o guerrilheiro foi assassinado na Bolívia sob orientação e apoio
da CIA em 9 de outubro de 1967. Ainda assim, Che vive, nas lutas dos povos do
mundo para libertarem-se da opressão. Suas ideias estão mais vivas do que
nunca. Seu exemplo arrasta milhões todos os anos para as lutas. Sobre Che, não
há melhores palavras do que as de seu amigo e camarada Fidel quando diz, “Se
queremos um modelo de homem, um modelo de homem que não pertence a este tempo,
um modelo de homem que pertence ao futuro, de coração digo que esse modelo, sem
uma mancha em sua conduta, sem uma só mancha em suas atitudes, sem uma só
mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos
que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes
revolucionários: queremos que sejam como Che!”
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