Cometa Ison vai cobrir Terra de "poeira" em
janeiro de 2014, segundo modelo de trajetória feita por Paul Wiegert
A primeira jornada do cometa Ison pelo Sistema Solar pode
formar uma chuva de meteoros bem diferente na sua passagem próxima a Terra.
Considerado o cometa do século 21, uma sonda da Nasa (Agência Espacial
Norte-Americana) detectou que o Ison, que é maior do que a Austrália, está
arremessando cerca de 50,8 mil quilos de poeira por minuto no espaço.
Paul Wiegert, pesquisador da Universidade de Western
Ontario, no Canadá, criou um modelo computacional para definir a trajetória do
cometa e calculou que essa poeira fina vai atingir a Terra em janeiro do ano
que vem.
"Durante vários dias, em especial em 12 de janeiro de
2014, a Terra passará por um fluxo de poeira muito fina produzida pelo cometa
Ison em seu caminho para o Sol. E essa chuva de meteoros pode ter propriedades
interessantes", avisa o pesquisador de meteoros.
A fina chuva de meteoros vai atingir várias partes do globo
terrestre no mesmo instante, prevê modelo de Wiegert, já que sofrerá influência
do Sol e da Terra. Como as partículas liberadas pelo cometa são muito
pequenas, com diâmetros menores do que um glóbulo vermelho de sangue humano,
elas serão empurradas pela pressão dos raios de Sol ao mesmo tempo que serão
capturadas pela gravidade terrestre.
Sem estrelas cadentes
Mas essa chuva de meteoros incomum dificilmente será vista
do nosso planeta. Devido ao tamanho, os pequenos grãos do cometa não
conseguirão passar pela atmosfera do nosso planeta. Mesmo se forem
arremessados a uma velocidade de 56 km/s, eles devem parar nas camadas
superiores sem explodir nem formar estrelas cadentes.
"Então, em vez de queimar e emitir um flash de luz, as
partículas vão cair suavemente em direção à Terra", explica Wiegert. Essa
queda será tão lenta - pode levar dias, meses e até anos para que ela assente
na superfície terrestre - que vai impedir de ser um fenômeno visível no céu do
planeta.
O único sinal detectável do rastro de poeira do Ison
provavelmente será uma proliferação de nuvens azuis sobre os polos da Terra.
Essas "nuvens brilhantes", dizem os astrônomos, poderiam ser ativadas
pela poeira cósmica nas altas camadas da atmosfera do mundo.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
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