Transformar o que está morto em algo com vida’, esse é o lema de Gilvan Almeida
Vital, conhecido popularmente como Escravo da Arte. Autor de várias obras de
arte, Escravo está produzindo atualmente uma maquete, denominada ‘Alforria
Cultural Itinerante’.
Através da temática ‘Negro Nordeste’, Escravo vai retratar a história do
cangaço e da escravidão em Mossoró. O escultor afirma que a nova obra será
apresentada em junho, durante o Mossoró Cidade Junina, e também ficará
disponível para ser levada a bairros carentes, escolas e eventos privados
associados à cultura.
A réplica da Igreja de São Vicente e de alguns pontos históricos de Mossoró
estão sendo esculpidos em um tronco de Imburana que tem mais de 100 anos. Além
da igreja, Escravo está produzindo instrumentos musicais e marionetes para
apresentar um espetáculo de mamulengo.
“Toda a cultura nordestina e a história de Mossoró pode ser retratada nesse
novo projeto. Com a Alforria Cultural Itinerante posso levar a cultura para
diversos locais e mostrar na prática os acontecimentos históricos. Através da
música, da contação da história com mamulengos e da exibição da maquete as
pessoas irão conhecer a cultura nordestina e história de Mossoró”, relata o
artista.
Para que a obra seja concluída, Escravo da Arte espera pelo apoio da Gerência
de Cultura da Prefeitura de Mossoró. Ele conta que pela falta de incentivo
financeiro para se dedicar somente as esculturas em madeira, tem que fazer
trabalhos paralelos para sustentar a casa, e isso tem atrasado a finalização
das obras.
“Esculpir peças me dá um enorme prazer, faço isso com calma e para me distrair,
mas também é preciso ganhar dinheiro para manter a família. Algumas vezes tenho
que parar as obras para fazer outro trabalho. Se tivesse tempo integral para
esculpir as peças seria maravilhoso”, comenta.
Uma das peças iniciada e que ainda não foi concluída, é a escultura de Zumbi
dos Palmares. A peça que tem mais de 1,50 m de altura fica posicionada ao lado
do alpendre onde ele produz as peças. A maioria do trabalho de Escravo remete
ao Nordeste e a cultura africana, com a qual ele se identifica.
“Minha intenção é terminar tudo e apresentar meu trabalho na Feira do Livro,
Ficro, Feira do Bode e demais eventos culturais da cidade. Quero levar
conhecimento as pessoas através da minha arte”, finaliza o escultor.
Fonte: Facebook Mossoró
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