sexta-feira, 5 de abril de 2013

NATAL – RN: Fortaleza dos Reis Magos estará sob nova direção!


A administração da Fortaleza dos Reis Magos, monumento mais visitado do Rio Grande do Norte, está prestes a mudar de mãos. Segundo o superintendente do escritório local do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), Onésimo Santos, a gestão da fortaleza deve sair da Fundação José Augusto e passar ao órgão federal nos próximos meses. “A gestão do Forte dos Reis Magos pela FJA teve um período bom, mas hoje o espaço está deteriorado. Queremos assumir para dar o devido respeito ao monumento”, afirma Santos.

A cessão da administração do Forte para o Governo do Estado está vencida desde 1975


O superintendente do Ipahn-RN afirmou que o parecer da Secretaria do Patrimônio da União foi favorável ao projeto de gestão do Iphan-RN e que a concretização da transferência depende apenas da elaboração e assinatura dos termos de cessão. A reportagem do VIVER tentou contato com a superintendente regional do Patrimônio da União, Yeda Cunha, mas foi informada de que ela está em Brasília e só trataria do assunto ao retornar de viagem na próxima semana.

Onésimo Santos informou que, uma vez que os trâmites burocráticos sejam concluídos, o Governo do RN não terá mais nenhuma participação na administração do Forte. “Na verdade, o Governo do Estado nunca teve direito sobre o Forte”, lembrou Onésimo Santos, “o que existia era uma cessão do terreno no entorno, e mesmo essa já venceu”. A conclusão da construção do Forte coincide com a data de fundação de Natal: 1599.

Santos se refere à descoberta acidental, feita durante uma inspeção de rotina na Fortaleza dos Reis Magos em setembro passado, quando foi revelado que os documentos de cessão entre Patrimônio da União e Governo do Estado estavam vencidos desde 1975, ou há 37 anos. A situação gerou uma discussão entre Iphan-RN, FJA e Procuradoria do Estado, mediada pela Secretaria Regional do Patrimônio da União. 

Restauração e concurso

O projeto de gestão para o Forte, apresentado pelo Iphan-RN, inclui uma restauração museológica e arquitetônica do monumento. Os serviços estão orçados em R$ 8,5 milhões, recursos garantidos pelo PAC Cidades Históricas. Além disso, existem outros R$ 150 mil em recursos próprios do Instituto que serão investidos em uma pesquisa arqueológica visando aprofundar as informações existentes sobre o Forte. 

Outra proposta é realizar um concurso nacional para escolher a marca oficial do Fortaleza dos Reis Magos, a ser utilizada em campanhas publicitárias e  produtos turísticos.

Onésimo Santos faz questão de enfatizar que, a despeito da complexidade das obras de restauração, o funcionamento do Forte não será interrompido e continuará recebendo turistas e estudantes normalmente. “Pode ser que algumas partes fiquem interditadas, mas mesmo o trabalho de restauração será aberto ao público”, afirma.


Fonte: TRIBUNA DO NORTE

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