domingo, 28 de abril de 2013

Caiçara do Norte - RN é opção para porto!



Conhecido pelo potencial em pesca artesanal, o município de Caiçara do Norte, distante 149 quilômetros  de Natal, surge como possível solução para exportação da  produção do setor de mineração. Uma falha geológica no mar, que aumenta a profundidade das águas de cerca de 7 metros - comum a quase totalidade do litoral do Estado - para cerca de 12 metros, faz da cidade praiana potencial atracadouro de embarcações de grande porte (graneleiros com capacidade de 50 mil a 100 mil toneladas). Os dados  fazem parte de um relatório da Capitania dos Portos repassados à Codern.

Caiçara do Norte: Uma falha geológica no mar da cidade favoreceria a atracação de embarcações com capacidade de até 100 mil t.


Mais do que ser favorecida pela geologia marítima, para o porto chegar a cidade praiana de 6,2 mil habitantes, incrustada no Litoral Norte do Estado, é preciso vencer alguns desafios. A consultora na área de logística, Karla Motta, destaca a necessidade de um projeto integrado na área de logística de transporte. Atualmente, o acesso a cidade é feito por duas rodovias estaduais, a RN- 120, que liga Caiçara a João Câmara, e a RN-129, estrada carroçável com acesso a Jandaíra.

O projeto integrado deverá contemplar  o tráfego pelo modal ferroviário e marítimo, além de atração de empresas prestadoras de serviços que permitam o funcionamento portuário e de estruturas de regulamentação de mercadorias, atividades aduaneiras, pontua Karla Motta. 

No caso do minério, esse corredor logístico deve interligar os pólos produtores localizados nas regiões do Seridó e Central Potiguar, ao novo porto no litoral Norte.

Estudo

Para isso, o diretor-presidente da Codern, Pedro Terceiro  de Melo, coloca como prioridade ter um bom estudo que comprove a viabilidade econômica e técnica de um projeto integrado. “É isso que pretendemos fazer em parceria com a Fiern, que está capitaneando esta articulação”, analisa.

A Federação das Indústrias, explica o presidente da entidade, Amaro Sales, está buscando parcerias junto ao poder público e iniciativa privada para elaboração de estudos e projeto. “Precisamos do respaldo técnico. Não vamos trabalhar com achismos”, diz em referência ao projeto de ampliação do cais do Porto de Natal para a margem esquerda do Rio Potengi. Sales enfatiza a necessidade de se identificar as demandas para exportação. “Inicialmente temos a mineração, mas poderemos atender outros setores”, afirma.






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