quarta-feira, 20 de março de 2013

Máquina mantém fígado "vivo" fora do corpo!


Nova tecnologia preserva temperatura do corpo e do fígado, fornecendo células vermelhas oxigenadas para manter a vida do órgão!


A equipe médica posa após sucesso do procedimento HANDOUT / REUTERS

LONDRES - Um fígado humano foi mantido vivo, quente e funcionando fora de um ser humano, em uma máquina recém desenvolvida. Em seguida, o órgão foi transplantado com sucesso em pacientes. Uma equipe britânica de médicos, engenheiros e cirurgiões anunciou a realização nesta sexta-feira, dizendo que essa pode se tornar uma prática comum em hospitais de todo o mundo dentro de alguns anos, dobrando o número de fígados para transplante.

Até agora, o procedimento foi realizado em dois pacientes da lista de espera de transplante de fígado da Grã-Bretanha, e ambos estão tendo recuperações excelentes, afirmou a equipe médica, segundo reportagem da “Reuters”.

“Foi surpreendente ver um fígado inicialmente frio e cinza ligado à nossa máquina, e executando sua performance como seria dentro do corpo humano”, disse Constantin Coussios, professor de Engenharia Biomédica na Universidade de Oxford e um dos inventores da máquina. “Foi ainda mais surpreendente ver o mesmo fígado transplantado em um paciente que agora está andando por aí.”

Cerca de 13.000 transplantes de fígado são realizados a cada ano na Europa e nos Estados Unidos, mas há uma lista de espera de cerca de 30.000 pacientes que necessitam de um novo fígado. Especialistas dizem que até um quarto desses pacientes morrem enquanto aguardam. Ao mesmo tempo, mais de 2.000 fígados são descartados todos os anos, porque eles são danificadas pela privação de oxigênio ou não sobrevivem ao processo de conservação a frio. A nova tecnologia preserva a temperatura do corpo e do fígado, fornecendo células vermelhas oxigenadas, para manter a vida do órgão.

A primeira pessoa a receber um fígado transplantado mantido vivo com a máquina foi o britânico Ian Christie, de 62 anos. Ele ainda está se recuperando da cirurgia, mas disse em um comunicado que estava ficando melhor a cada dia. A equipe agora planeja executar um estudo piloto com mais 20 pacientes.


Fonte: O GLOBO


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