O desfile das escolas de samba de Mossoró será realizado no
dia 8 de fevereiro. A proximidade da data faz com que presidentes de escolas,
carnavalescos, aderecistas, costureiras e foliões intensifiquem os trabalhos
nos barracões para darem conta do recado. A vice-presidente, Maria Eliene, e a rainha de bateria,
Christiane Priscila, da Escola Balanço da Mocidade, presidida por Cláudio
Rodrigues, contam que, para não interromper os trabalhos no horário dos
ensaios, a equipe está concentrada em um sítio de Alagoinha, a fim de não
atrasar os trabalhos, já que todas as noites estão sendo realizados ensaios.
Balanço da Mocidade tem como carnavalesco o artista plástico
Paulo Pedrosa. A escola terá como tema o ‘Artesanato’. Dentro dessa ideia, cada
ala da agremiação fará menção a um tipo de trabalho artesanal. A ala das
baianas, por exemplo, falará da renda. O trabalho realizado no litoral com as
areias coloridas será lembrado em uma ala cheia de cor e a comissão de frente
virá repleta de palhas e ráfias.
O artesão homenageado pela escola será reproduzido em um boneco
que estará sobre um carro alegórico e os integrantes da bateria sairão
fantasiados de bonecos de barro. A escola estima reunir 200 foliões para desfilar pela
avenida. “A expectativa, se Deus quiser, é de ganhar”, diz Christiane Priscila.
Já a escola Acadêmicos dos Salinistas, presidida por Chico
Carão, leva para a Avenida a seguinte temática: ‘Vamos mergulhar nas ondas do
mar e com os salinistas navegar’ e tem como carnavalesco David Johnson. Através de brilhos e cores, a escola levará para a avenida o
mar, suas lendas e histórias, que vão, desde os tesouros aos piratas. Para
isso, os componentes da bateria sairão vestidos de marinheiros e as baianas
farão alusão às mulheres que cultuam Iemanjá, aquela que é considerada a rainha
dos mares.
O aderecista Wellington Barreto, que é neto de Chico Carão,
diz que os trabalhos nas escolas começaram com atraso, por causa das
indefinições acerca do carnaval. Além disso, como o apoio anunciado pelo
município ainda não foi repassado, as coisas ficam mais difíceis. Mesmo assim,
eles estão trabalhando. Além de aderecista, Wellington é coreógrafo e faz parte da
comissão de frente. Ao longo dos anos dedicados ao samba, também exerceu outros
papéis junto à escola. “A gente tenta segurar o Carnaval, porque é o que a
gente gosta”, diz Wellington.
A escola pretende reunir centenas de foliões. “Estamos
trabalhando”, comenta o presidente da agremiação, Chico Carão. “Eu vou sair com
400 pessoas”, diz ele. Para alcançar o objetivo, Chico conta com a ajuda da família
e de colaboradores. Os trabalhadores do barracão passam, em média, oito horas
no local. Isso por enquanto, pois a perspectiva daqui pra frente é aumentar
essa carga horária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário