segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

400 acampados na RN013 disseram que não vão sair para o Estado duplicar a rodovia!



O Movimento Sem Terra (MST) do acampamento Cirilo que fica localizado na RN 013 ainda aguardam uma posição do governo em relação à duplicação da estrada que liga Tibau a Mossoró. Eles disseram que não vão sair para a Construtora CLC dá continuidade na duplicação da rodovia de acesso ao município de Tibau.

Com o avanço da obra de duplicação os acampados se preocupam e questionam o que vai acontecer com as 400 famílias que vivem no assentamento há dois anos. Segundo seu Luizinho agricultor e morador do acampamento a empresa responsável pela obra Construtora Luiz Costa (CLC) já conversou com os assentados e prometeu que não vai derrubar os barracos dos moradores.

Ainda segundo seu Luizinho a maioria das famílias não vai abrir mão da terra e dizem que não vão sair do local “Daqui não saímos, só quando tivermos para onde ir e se for preciso vamos fazer protesto e movimentação na estrada para garantir nossos direitos” afirma o agricultor. Os acampados passam por muitas dificuldades principalmente por não terem uma representação. “Nós não temos uma pessoa responsável aqui todos lutam juntos por nossos direitos” disse seu Luizinho.

Mesmo assim já procuraram a Prefeitura reivindicando principalmente água mas ainda não receberam nenhum retorno. Edileuza da Silva agricultora diz que as famílias assentadas recebem cestas básicas do Incra, mas não é suficiente. O De Fato.com entrou em contato com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), mas não tivemos contato com o responsável.

O superintendente do Incra RN Valmir Alves informou que o órgão esta na fase vistoria dos imóveis. “O acampamento Cirilo, que é uma acampamento de prioridade para o Incra devido ao grande numero de pessoas que vivem no local, já foram vistoriados alguns espaços para a transferência das famílias do acampamento para assentamentos vizinhos e acreditamos que até o final de fevereiro já tenhamos uma resposta do local onde poderemos abrigar essas famílias” afirma Valmir Alves. 

A situação atual das famílias é de expectativa de quando a obra avançar para que o governo tome uma decisão em relação aos acampados. “Nó somos filhos de agricultores e precisamos da terra para trabalhar” afirma a agricultora Edileuza. As famílias não pensam em deixar o acampamento e reivindicam a posse da terra.


Fonte: Mossoró - RN

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