Boa parte das obras mais importantes do arquiteto Oscar
Niemeyer serviu a projetos ideológicos e políticos. Niemeyer projetou o parque
Ibirapuera e o Edifício Copan, ambos em São Paulo. Em 1956, com JK na
presidência do Brasil, organizou o plano piloto de Brasília e foi responsável
pela construção da nova capital federal.
Com traços ousados, o filho do modernismo criou o Itamaraty,
o Alvorada, o Congresso, a Catedral, a Praça dos Três Poderes, entre outros
prédios e monumentos. No Rio Grande do Norte o arquiteto projetou o Presépio de
Candelária e o Parque da Cidade que seguem vítimas do descaso do poder público.
O Presépio de Candelária, a mais antiga obra de Niemeyer na
cidade, foi inaugurado em 2006 e custou R$ 1,7 milhão aos cofres públicos.
Deveria ter lojas, lanchonetes, promover eventos e servir como ponto de cultura
e lazer para a população. No entanto, o local está completamente destruído.
Hoje, além de lixo e pichações, o espaço serve como abrigo para moradores de
rua.
A segunda obra de Oscar Niemeyer em Natal pode ser vista de
longe e de várias partes das zona Sul e Oeste da cidade. É o Parque Dom Nivaldo
Monte, o Parque da Cidade, com sua torre de 45 metros de altura, o equivalente
a um prédio de 15 andares. Na torre, um elevador deveria levar os visitantes a
um memorial, para a exibição de fotos e vídeos que contam a história da cidade.
Mas, a torre foi interditada mesmo antes de abrir. O parque custou quase R$ 22
milhões, foi inaugurado em 2008 e funcionou apenas por poucos meses. No prédio
administrativo, com auditório e estrutura para receber visitantes, apenas a
guarda municipal se faz presente. O cenário é de esquecimento, de descaso.
Fonte: Robson Pires/Cidade News Itaú
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