A literatura de cordel é uma
espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com
o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês
zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo
amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até
mesmo nas ruas.
Chegada ao Brasil
A literatura de cordel
chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se
tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo
de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. Ainda são vendidos
em lonas ou malas estendidas em feiras populares.
De custo baixo, geralmente
estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso
em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso
ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também
por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais
assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas,
brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de
personalidades etc.
Em algumas situações, estes
poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do
público.
Um dos poetas da literatura
de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros
(1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais
recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros,
Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé
Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de
Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.
Vários escritores
nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos
citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães
Rosa.
Poética do cordel:
- Quadra: estrofe de quatro versos.
- Sextilha: estrofe de seis versos.
- Septilha: é a mais rara, pois é composta por sete versos.
- Oitava: estrofe de oito versos.
- Quadrão: os três primeiros versos rimam entre si; o quarto com o oitavo, e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si.
- Décima: estrofe de dez versos.
- Martelo: estrofes formadas por decassílabos (comuns em desafios e versos heróicos).
- Sextilha: estrofe de seis versos.
- Septilha: é a mais rara, pois é composta por sete versos.
- Oitava: estrofe de oito versos.
- Quadrão: os três primeiros versos rimam entre si; o quarto com o oitavo, e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si.
- Décima: estrofe de dez versos.
- Martelo: estrofes formadas por decassílabos (comuns em desafios e versos heróicos).
Literatura Oral
Faz parte da literatura oral
os mitos, lendas, contos e provérbios que são transmitidos oralmente de geração
para geração. Geralmente, não se conhece os autores reais deste tipo de
literatura e, acredita-se, que muitas destas estórias são modificadas com o
passar do tempo. Muitas vezes, encontramos o mesmo conto ou lenda com
características diferentes em regiões diferentes do Brasil. A literatura oral é
considerada uma importante fonte de memória popular e revela o imaginário do
tempo e espaço onde foi criada.
Muitos historiadores e
antropólogos estudam este tipo de literatura com o objetivo de buscarem
informações preciosas sobre a cultura e a história de uma época. Em meio a
ficção, resgata-se dados sobre vestimentas, crenças, comportamentos, objetos,
linguagem, arquitetura etc.
Podemos considerar como
sendo literatura oral os cantos, encenações e textos populares que são representados
nos folguedos. Exemplos de mitos, lendas e
folclore brasileiro: saci-pererê, curupira, boto cor de rosa, caipora, Iara,
boitatá, lobisomem, mula-sem-cabeça, negrinho do pastoreio.
Fonte: suapesquisa.com
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